A manhã do dia 25 de março marcou mais um capítulo de sofrimento para uma moradora de Palmas internada no Hospital Geral de Palmas (HGP). Há quase um mês sob cuidados médicos, ela relata ter sido submetida a um procedimento de curativo e desbridamento de uma úlcera grave no pé esquerdo sem anestesia ou sedação, mesmo após insistir com a equipe sobre a intensidade da dor que sente.
O caso, que foi denunciado à redação do Jornal Sou de Palmas, revela uma situação que, segundo a paciente, configurou uma forma de tortura: “Durante o procedimento, chorei e senti dores extremas o tempo todo. O que fizeram comigo foi uma tortura”, disse ela em relato enviado ao jornal. Segundo a paciente, a médica anestesista responsável teria minimizado a dor sentida por ela, afirmando que poderia ter origem psicológica.
A paciente é sobrevivente de um sequestro ocorrido há 18 anos, no qual teve 40% do corpo queimado. Desde então, enfrenta complicações recorrentes nas áreas enxertadas, como a úlcera tratada atualmente. Nos últimos anos, essas feridas reapareceram e exigiram diversos acompanhamentos médicos, sendo a principal suspeita da atual lesão uma úlcera de Marjolin, que pode evoluir para um câncer de pele.
No dia da denúncia, ao perceber que a paciente não aceitaria realizar o procedimento sem anestesia, a médica anestesista teria agido com impaciência e deboche, de acordo com o relato. “Ela tentou um o pela jugular e, mesmo diante da minha recusa consciente, autorizou o início do procedimento”, afirmou.
O que diz o Governo do Tocantins? 3d2q6e
Diante da gravidade das acusações, a reportagem solicitou um posicionamento à Secretaria de Estado da Saúde do Tocantins (SES-TO), que respondeu por meio de nota oficial:
“A Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) informa que não comunga com quaisquer ações que diferem do atendimento humanizado, nas unidades hospitalares sob sua gestão, e já determinou à área técnica responsável a verificação do caso para as medidas cabíveis.”
A pasta também reforçou que a população pode registrar denúncias por meio da Ouvidoria do SUS, seja por telefone, e-mail ou WhatsApp, com garantia de sigilo. Segundo a SES-TO, todas as manifestações são investigadas, e eventuais providências são tomadas de acordo com a apuração.
Os canais de denúncia são:
📞 (63) 3027-4340
📲 (63) 99932-0531
📧 [email protected] / [email protected]
