A Polícia Civil do Tocantins deflagrou, na manhã desta quarta-feira (30), a Operação Rasante em Paraíso do Tocantins, com o objetivo de cumprir um mandado de prisão preventiva e dez de busca e apreensão contra investigados por integrar uma organização criminosa atuante na cidade. A ação resultou em quatro detenções, incluindo um adolescente apreendido, e apreensões de entorpecentes, celulares e outros materiais utilizados na atividade criminosa.
O mandado de prisão foi cumprido contra V.H.A.G., de 27 anos, conhecido como Megamente ou Estudioso, apontado como “Regional da Centro-Oeste do Tocantins” na hierarquia da facção. Ele já havia sido preso no sábado (26), por tráfico de drogas.
A operação foi coordenada pela 6ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC – Paraíso) e contou com reforço de equipes da DRACCO, DENARC, DEAMV e outras delegacias da região.
Julgamentos paralelos e torturas
De acordo com o delegado Antonio Onofre Oliveira da Silva Filho, as investigações tiveram início após denúncias de tortura contra usuários de drogas e um homicídio ocorrido em janeiro. A apuração revelou a existência de uma estrutura paralela de “tribunal do crime” dentro da facção, que aplica punições a membros que descumprem as regras internas, como espancamentos e até execuções.
“Foi possível mapear toda a cadeia de comando, do topo até a execução. Os crimes cometidos sem aval da liderança am por um tipo de julgamento interno. Chegamos a identificar até uma espécie de ‘processo istrativo disciplinar’ informal”, destacou o delegado.
Significado de ‘Rasante’
O nome da operação remete às reuniões virtuais diárias feitas por membros da facção, chamadas de “rasantes”. Nelas, são discutidas estratégias, punições e deliberações internas. Ao fim, é elaborada uma espécie de ata, registrada nos grupos de comunicação dos criminosos.
Prisões e apreensões
Além da prisão de Megamente, outras três pessoas foram presas em flagrante e um menor foi apreendido por tráfico de drogas. Durante os mandados de busca, a polícia recolheu entorpecentes, insumos para embalo, máquinas de cartão e aparelhos celulares, que serão analisados e poderão contribuir com novas fases da investigação.
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